por Kenneth Hagin*
*Trecho do Livro “O toque de Midas”
“Oh! Salva-nos, senhor, nós te pedimos; oh! Senhor, concede-nos prosperidade!” (Salmos 118.25).
Eu acredito em prosperidade.
Refiro-me a um bem-estar espiritual e à saúde física. Mas também me refiro a bênçãos materiais e financeiras. Quando o apóstolo João declarou: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma” (3 João 1.2), acredito que sua intenção dirigia-se a três áreas distintas da vida: material, física e espiritual. Seu ardente desejo era ver-nos crescer e florescer, isto é, prosperar em todos os aspectos de nossa vida. Assim, a prosperidade deveria ser adequadamente aplicada – de forma equilibrada, saudável, íntegra – e enfatizada com serenidade.
Muitos argumentam que a frase: “Faço votos por prosperidade” não se refere à prosperidade financeira. Eles ponderam que a expressão não passa de um cumprimento de uso comum, ou de uma expressão idiomática usada na época, significando “espero que estejas bem”.
O vocabulário grego traduzido para prosperar ou próspera neste texto é “eudoo”. Este termo é o composto das palavras hodos, que significa caminho, e eu, que significa bom. Assim, a palavra grega eudoo (traduzida como prosperidade) significa, literalmente, um bom caminho ou uma boa jornada.
Então, mesmo que nesse exemplo a palavra não signifique, pelo menos, uma jornada boa e próspera, para mim, é difícil entender como alguém pode ter uma jornada boa e próspera se não tiver as provisões adequadas para a viagem – sem dinheiro, carente, em total pobreza e tendo uma estrada pela frente.
Além disso, a palavra grega traduzida como prosperidade é a mesma usada pelo apóstolo Paulo em I Coríntios 16.2, quando ele orienta os cristãos de Corinto a separarem algum dinheiro a cada semana, pois Deus os faria prosperar. Certamente, não há dúvidas de que a palavra prosperar pode ser usada – como ocorre nas Escrituras – em referência à prosperidade financeira.
POBREZA NÃO PRODUZ PIEDADE
Como foi dito na introdução, a Igreja parece ter dificuldade em se manter “no meio da estrada” em quase todas as questões bíblicas. No item prosperidade, os cristãos da minha época estavam em uma das valas à beira do caminho. Eles entendiam que pobreza produz piedade, e Deus não queria que seu povo tivesse coisa alguma.
Sempre ouvi pastores dizendo: “Eu não quero as coisas do mundo”, porque achavam que havia algo errado com tais benefícios.
No entanto, no Livro de Salmos, capitulo 50, está provado que não é errado possuir as coisas desse mundo.
“Porque meu é todo animal da selva e as alimárias sobre milhares de montanhas. Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é mundo e a sua plenitude” (Salmos 50.10,12), isto significa que tudo o que há no mundo pertence a Deus.
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