Verbo FM

Paulinho Aguiar (Porto Alegre-RS)

MVV_8786

Me chamo Paulo e, virei Paulinho porque meu pai é Paulo também. Nasci em Vitória,ES. Tenho 35 anos. Mudei muito de cidade e, acho que a história da minha família me preparou para não ser apegado a lugares. A cada 3 anos nos mudávamos. Morei em Santos-SP. Depois fomos para Lorena, interior de São Paulo, seguimos para Volta Redonda-RJ. Isso era por causa do emprego do meu pai.

Após essas mudanças, nos estabelecemos por mais tempo no Espírito Santo e, ficamos em Vitória um tempo, depois fomos para uma cidade do interior chamada Aracruz, que é onde meus pais moram hoje. Esse foi o tempo que eles pararam lá e foi também quando sai para fazer faculdade em Vitória, nessa época que decidi em relação ao chamado e acabei indo estudar em Belo Horizonte-MG e começa aí meu ministério…

MVV_8956

Como eu mudei muito de cidade não tive aquela história de “amigo de infância”, mas tenho alguns da época de adolescência e uma vantagem: é que sou muito amigo do meu pai, da minha mãe e da minha irmã mais velha. Quando estávamos crescendo (não lembro a minha idade), meus pais resolveram adotar uma irmã mais nova, ela estava passando por algumas situações complicadas, assim, a nossa família decidiu adotá-la. Então, eu tenho uma irmã mais velha a Keziah, e a mais nova, Rafaela.

MVV_8711

Eles se converteram nós já eramos grandinhos, tínhamos uns 7, 8 anos de idade. Meu pai se dizia ateu, mas dentro de casa ele sempre foi um exemplo para mim. Nunca vi meu pai brigando com a minha mãe. Sempre passaram para nós uma paixão entre os dois. Então, sempre olhamos para os nossos pais e, para nós, eles são maravilhosos! Quando crescemos, vimos que eles tinham coisas a melhorar (risos), mas pegamos deles os nossos referenciais.

Quando falo sobre dízimo na igreja cito referências do meu pai. Eu nunca tive problemas com dízimos porque sempre vi meu pai fazer. Ele chegava, agradecia ao Senhor e dizia: “olha, isso aqui é o nosso dizimo”, então, essas coisas eram desbloqueadas por causa do exemplo deles.

MVV_8770

Minha mãe é uma esposa exemplar. Sempre cuidou muito da gente em casa, à moda antiga (risos), era do lar mesmo. Mas, vejo quantas coisas maravilhosas aprendi com ela enquanto cuidava da gente. Sempre lutaram muito para a sobrevivência da família. Com o caráter aprovado, sempre pagavam as contas e, isso tudo me ajudou a forjar o meu caráter, minha vida, ministério a minha vida em família. Fui presenteado com a minha família.

MVV_8757

Vejo muitas pessoas falando que tem testemunhos fortes e alguns são dados enquanto elas ensinam. Geralmente, testemunhos fortes são testemunhos ruins, que ficou bom depois, né? São histórias de pessoas que viveu uma vida desgraçada e, no finalzinho Jesus veio e a restaurou. Mas, meu testemunho forte é que eu nunca vivi uma vida desgraçada. Eu vou ensinar a matéria “Família Cristã” e, espero que as pessoas vejam que isso é um testemunho muito forte. Acho que na verdade, isso deveria ser mais forte. Porque o outro é comum, é o que o diabo faz mesmo, mas eu nunca tive uma vida assim.

Nunca vi meu pai bater na minha mãe, não vivi experiência de separação e nem divórcio dentro de casa, não vivi experiência de perda, nem passei fome, nunca, sempre tivemos a provisão suficiente. Que coisa maravilhosa, isso é o Deus verdadeiro. Ao ouvir alguns desses testemunhos pensei: “rapaz, será que a minha aula vai ser boa? (risos). Sem contar nenhuma desgraça? Tomara que o povo goste”…

MVV_8717

Tenho a minha família hoje e ela é espetacular. Sou realizado. Conheci minha esposa Sinara no Carisma, em Belo Horizonte. Quando a conheci ela já estava estudando lá há um ano. Ela chegou em 2004 e, eu em 2005. era o CTMDT (Diante do Trono) foi na época de uma transição lá, que era tudo CTMDT e depois ficou Carisma e CTMDT. Cheguei já no Carisma, vi o André Valadão pregando na televisão e pensei: “rapaz, quero pregar igual esse cara”. Eu não conhecia o irmão Hagin, nem a palavra da fé ainda, era Batista.

Nos conhecemos lá, começamos a participar e tocar juntos no mesmo ministério. Ela cantava e eu tocava violão. E aí começamos a nos aproximar, mas lá tinha uma regra que não podíamos namorar, porque éramos estudantes internos. Inicialmente, formamos uma boa amizade, mas percebi um estalo, uma aprovação no meu espírito para que ficássemos juntos. Com ela aconteceu da mesma forma. E fiquei feliz quando começamos a conversar sobre isso, tínhamos amigos em comum e eles nos aproximaram, foi muito legal.

Começamos a alinhar os propósitos. Lembro de um livro do irmão Hagin, que ele falava que ele e a sua esposa, Oretha, eles conversavam e combinavam tudo antes. Falavam sobre filhos e ministérios, vimos isso bem na época e fizemos igualzinho.

A Sinara tinha uma vida inteira em Campina Grande com seus pais. Além de uma tendência profissional firmada aqui na área de administração. Mas ela foi corajosa, topou unir os propósitos e fomos parar lá em Porto Alegre-RS (risos), mas foi uma benção, temos um coração alinhado.

Namoramos, noivamos e casamos em nove meses, porque eu não podia perdê-la (risos) e, isso ocorreu no último ano dela no Carisma, ela ia terminar e voltava para a cidade dela e, eu pensei: vamos casar logo! Nossos pais aprovaram, nos deram apoio total e, nos ajudaram muito no início.

Lembro que a igreja Verbo da Vida estava começando em Belo Horizonte com a liderança do pastor Manassés Guerra e começamos a ajudá-lo nessa época.

MVV_8727

São 11 anos de casados. Hoje, temos uma família que é um presente de Deus, mas é muita responsabilidade. Mudamos muito o nosso estilo de vida, temos dois filhos. E qualquer saidinha com eles para uma viagem parece uma mudança. Porque é muita mala que precisamos organizar. Antigamente, éramos só nós dois e, uma mala ou uma mochila para cada um, mas hoje não. Mas, que alegria!

Os nossos filhos são maravilhosos, temos os estruturado no Senhor. As crianças estão crescendo e, é meio esquisito isso (risos). Temos a nossa menina, Rebeca, que já está com 6 anos e já não é mais a bebezinha e, temos o Israel, agora com 2 anos.

MVV_8731

Eles amam música, a Rebeca canta o dia inteiro. Eu tenho que me segurar para não dizer a ela para parar de cantar, tudo ela faz música, se está brincando de bneca faz história com a boneca, o Israel ainda é pequeno, mas na personalidade parece mais comigo e ela parece mais com a Sinara. E fisicamente, a Rebeca é a Sinara toda eu digo: “se alguém dissesse que ela era só tua filha dava para acreditar”, (risos) impressionante! Na personalidade também, forte, decidida e determinada. O Israel é mais calmo, emotivo, eles são maravilhosos.

MVV_8902

Eu quero que meus filhos amem ao Senhor. Meu esforço é para que eles olhem para mim e sejam inspirados a colocar o Senhor em primeiro lugar na vida deles. Desejo como pastor que eles não tenham a igreja como um lugar cansativo ou de trabalho, tenho esse cuidado, me esforço para privá-los das coisas que não são legais. Mas às vezes, alcança eles de alguma forma, mas procuro protegê-los. Deposito muita confiança neles. Sou muito firme em educação com eles no caráter, não deixo eles aprontarem e ficar por isso mesmo, mas ao mesmo tempo digo que amo, beijo, estou por perto, sou amigo deles. Eu e Sinara queremos ser as primeiras pessoas que eles pensem quando tiver um momento ruim. Queremos ser as pessoas que eles pensem em buscar ajuda. É muito desafiador.

Como marido quero proporcionar segurança a Sinara para que ela possa correr a carreira dela, levantá-la, deixá-la confortável para fazer aquilo que ela precisa fazer… quero ver a minha família feliz. Quero que nos últimos dias eles tenham coisas boas para dizer a meu respeito.

MVV_8934

Eu gosto muito de filmes e seriados e para me divertir assisto, às vezes, na Netflix claro! (risos). Mas, com os filhos o nosso tempo livre é dedicado muito a eles. Eu e Sinara temos uma tarde livre só para nós dois. Isso agora que Israel está na escola.

Geralmente, vamos ao cinema ou fazer algo juntos para descansar mesmo. A noite ficamos com eles, sou muito caseiro, gosto de ficar em casa, quando o tempo livre é um pouco maior, gosto de ir à praia com eles. Praia é meu lugar de descanso. Vivi muito em lugares com praia, mas no dia a dia não temos muitas opções, geralmente nosso tempo é deles, ou seja, temos que ir a áreas de lazer. Lugar que tenha brinquedo. Vivemos em função deles porque são pequenos, mas aproveitamos, daqui a pouco eles crescem e dizem: “ah, quero sair com meus amigos” e nós vamos ficar lá (risos).

MVV_8959

A música na minha vida é algo divino mesmo, porque na minha casa não tem músico. Meus pais não são, a minha irmã até estudou piano clássico, mas parou. Meu pai comprou um violão para a minha mãe, mas ela não desenvolveu. E o violão ficou lá e aí eu peguei e comecei a fazer algumas notas com a ajuda daquelas revistas de banca de jornal.

Meus pais viram que eu tinha aptidão, chamaram um professor que me deu algumas poucas aulas, depois sumiu e me dediquei… comecei a ouvir mais, entrei na igreja para tocar, e a música chegou sem esforço, aconteceu e acho que se tivesse me dedicado mais seria um músico melhor, tem muita gente boa que toca demais em nosso ministério. Hoje, como pastor não tenho como me dedicar tanto, não me considero um cantor, mas nas minhas limitações faço o meu melhor, é algo bom, toco em casa com as crianças, lá em casa tudo termina em música, as crianças cantam e dançam muito…

MVV_8902

Sou eclético ao ouvir música, mas venho de uma cultura mais puxada para o rock. Não sou chegado em pagode, funk, forró, com todo respeito… esses ritmos não me atraem, mas acho bonito a arte, o que ouço é mais ligado a rock. Não tenho cara de roqueiro, mas acho que é o meu jeito de liberar adrenalina (risos), ouço muita coisa na parte gospel. O blues, a música negra, nossa é lindo. Se eu pudesse ter a voz dos negros seria maravilhoso, é espetacular, eles cantam sem nada e parece que tem uma orquestra. Gosto muito de ouvi-los.MVV_8953

Eu sou ruim de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Mas se eu pego uma coisa vou até o final dela, pode ser o que for se tenho a convicção que é para fazer. Hoje, estou mais maduro para discernir o que fazer e o que não fazer (ainda erro algumas vezes), não desisto das coisas. O desafio é lidar no ministério com muita coisa. Tenho aprendido a dizer: “Não”. “espera”, tenho que focar em algo e terminar, assim dá certo.

Talvez não saiba dizer bem quem eu sou hoje, mas sei quem que quero ser bem certinho. Paulinho é um cara que busca ser o que Deus o chamou para ser. Um cara que busca andar correto, que deseja ser uma boa referência.

Quero que as pessoas possam confiar em mim… quero que as pessoas possam confiar no que estou dizendo e, para isso, elas precisam confiar em mim. Quero ser um bom pai, marido, pastor, quero acertar o máximo possível. Quero chegar no final e ouvir do Pai “era isso mesmo que eu queria que você fizesse”. Sempre vale a pena servir ao Senhor. Deus é maravilhoso! É bom demais ser crente, quero honrá-lo todos os dias e que eles seja exaltado através da minha vida.

Acho que o maior legado que posso deixar para os meus filhos é o amor ao Senhor. Amando ao Senhor sei que eles amarão a mim e a Sinara. Quero que meus filhos amem ao Senhor acima de mim.

3 Comentários

  • Paulinho meu amigo, Jardel de Coqueiral quem fala. Precisava de trocar uma breve ideia contigo, se possível. Pode ser por ZAP…
    Caso a Igreja possa passar para o Pr. Paulinho minha mensagem, somos amigos de infância.

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Destaques da semana​