Verbo FM

Janio Cesar (Rio de Janeiro-RJ)

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Tenho 34 anos. Nasci em Pesqueira-PE, apesar de ter morado em vários lugares desde criança. Minha mãe foi para São Paulo, mas, na época, o “Plano Collor” acabou e acabamos voltando para Pernambuco. Foi nesse tempo que conheci a minha família por parte de pai. A partir daí, comecei a trabalhar, com apenas 10 anos de idade. Aos 17, em Arcoverde, eu me converti e, depois disso, vivi uma fome e busca por Deus. Lembro-me de que eu tive algumas visões do que Deus tinha para mim, mas eu não compreendia muito. Aos 19, cursei o Rhema em Caruaru. Viajávamos de Arcoverde para lá, duas horas para ir e mais duas pra voltar após as aulas, três vezes na semana. Foi lá onde conheci a minha esposa, Jessyca.

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Seguindo o que Deus me falou, eu me mudei para Caruaru e me uni ao pastor Isaac Almeida e sua esposa, Sayonara. Juntos, eles foram os grandes incentivadores do meu ministério, pois viram um potencial que nem eu mesmo conseguir ver em mim. Eles investiram na minha vida, baseados no olhar peculiar que sempre tiveram para descobrir coisas em nós que nem imaginávamos. Comecei ali a servir como ministro. Também aos 19 anos, iniciei o namoro com a Jessyca, que tinha apenas 17. Esse foi o meu início no ministério, não sabia muito de doutrina, mas conhecia o suficiente para pregar cura e salvação. E comecei…

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Dona Leonilda Maria da Silva, minha mãe, é verdadeiramente uma guerreira que nos criou com muita dificuldade, com muito trabalho. Demorei um pouco para conhecer o meu pai, só fui vê-lo aos 5 anos de idade e tenho poucas lembranças dele. Ele era um homem muito rico da região de Arcoverde, porém, a minha mãe não era a sua esposa “oficial” e, por isso, toda a herança deixada por ele ficou para os seus filhos “legítimos”, considerados herdeiros.

Quando eles descobriram que ele era o meu pai (eu tinha exatamente 5 anos na época), vieram me buscar e fui. Cresci e fui trabalhar com eles. Porém, quando me converti, ainda jovem, para eles, eu era uma afronta à família. Então, eu vi que além de não ter o nome da família, não ser considerado um herdeiro, agora, por ser crente, eu era visto por eles como um traidor, porque eu servia a Jesus. Graças a Deus, hoje eles já são todos convertidos. Temos um bom convívio e nos amamos.

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A minha história é bem diferente. Com apenas 10 anos de idade fui morar sozinho. Hoje, entendo melhor o valor das figuras materna e paterna. Desde cedo, eu me tornei independente. Dirigia desde os 11 anos (claro, ainda não era crente). Essas coisas me fizeram amadurecer cedo demais. Com isso, algumas coisas me ajudaram, outras não.

Talvez, a forma como as coisas aconteceram não tenha sido tão boa. Não sei como seria se tivesse sido de outra maneira, mas acho que amadurecer de outra forma teria sido melhor… A minha mãe mora em Arcoverde até hoje.

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Eu não tive infância e nem adolescência, já que aos 12 anos tocava uma parte dos negócios e, aos 16, as atribuições só aumentaram. Minha família tinha comércio, aluguéis de empreendimentos, escola, lava-jato, granjas, e eu e o meu irmão, Erinaldo, trabalhamos bastante administrando essas coisas ainda bem jovens. Em meio a tudo isso, eu ainda arrumava tempo para jogar basquete. Quase fui profissional, mas se eu fosse jogar, quando voltasse, levaria bronca. Trabalhava das quatro da manhã até o fim da tarde. Depois disso, estudava a noite e praticava algum esporte. Isso aconteceu até que me converti e decidi trabalhar por conta própria. Então, a minha adolescência foi de muito trabalho em muitas viagens pelo sertão de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Minha vida era “bater metas”.

Minha grande paixão era o basquete. Eu era um jogador de futebol frustrado. Mas a altura (1,84) me ajudou no basquete, sempre fui muito magro. Na época que jogava, eu tinha uns 8 quilos a mais que tenho hoje. Cheguei a ganhar bolsa pra jogar em Colégios e em Clubes. Tinha toda uma carreira traçada. Eles queriam que eu ganhasse massa muscular e que eu permanecesse na carreira como jogador, mas, quando me converti, deixei isso de lado. Segui o meu chamado.

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Ao aceitar Jesus, eu não achava que a pessoa que eu era tinha condições de ser perdoada. Achava que, se eu poderia ser, qualquer pessoa do mundo poderia. Minha visão era que eu tinha que retribuir o que Deus havia feito por mim, essa era minha gratidão. E eu não via outra retribuição melhor do que falar de Jesus para as pessoas. Para mim, não era justo eu ter o direito e as pessoas não. Logo que me converti, fui fazer evangelismos, a denominação que eu fazia parte tinha muito dessa “veia evangelística”. Aos 18 anos, tive uma visão com o chamado que Deus tinha pra mim, não entendia muito, mas, através do Rhema, tudo foi explicado. Após receber o esclarecimento na Escola, apenas organizei as coisas que estavam dentro de mim. O Rhema me deu um rumo, entendi o que eu tinha que fazer. Eu não tinha nada para dar ao Senhor, então, decidi dar a minha juventude e a minha vida. Janio Cesar é uma pessoa que sonha a cada dia em ajudar as pessoas. Essa é a essência da minha vida. Busco ajudar, quer seja na saúde física ou espiritual.

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Quando comecei a estudar no Rhema, Jessyca já estava no Segundo Ano, mesmo ela sendo mais jovem. Ela também dirigia o louvor de um pequeno culto que tinha antes das aulas, eu chegava bem em cima da hora e não podia participar, mas sempre a via cantando. Em uma dessas passagens, eu olhei para ela e veio em mim aquela pergunta: “Como seria essa moça como minha esposa?”. Mas, eu não tinha contato com ela. Quando fui morar em Caruaru, conhecia melhor e Sayonara até falou para o Pastor Issac: “Janio está vindo para Caruaru e ele vai namorar a Jessyca”. Pouco tempo depois que me mudei e nos conhecemos melhor, começamos a namorar. Estamos juntos há 16 anos. Namoramos durante 7. Costumo dizer que eu estava com a síndrome de Jacó (risos).

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Em 2013, dia 31 de outubro (dia da reforma protestante), nasceu a Aimée, minha filha. Foi muito engraçado o nascimento dela.  Em 2012, eu estava na Conferência de Ministros Verbo da Vida do Sudeste, sentado na segunda fila e o ministro estava dando o testemunho do pai dele. Quando ouvi aquilo, já estava desejando ter um filho. Ali, parei e pensei: Quem vai contar, posteriormente, que eu também li um livro que transformou a minha vida? Quem vai dizer: Meu pai um dia leu um livro do T.L. Osborn, chamado “Você é o melhor de Deus” e foi transformado através dele? 

Nesse momento, desejei ter um descendente. De repente, um irmão na Conferência veio até mim e disse: O que você acabou de desejar, Deus acabou de conceder. Isso foi em Setembro de 2012. Em Fevereiro do ano seguinte, Jessyca estava grávida de Aimée. O nome dela foi escolhido, porque eu sou amigo do pastor Joaquim Cantagalli e ele é da linha da Aimee Semple McPherson. Escolhi este nome pela amizade e por ela ser uma das maiores evangelistas da década de 1930. Além disso, Aimée significa Ana, em Francês, que significa muito amada.

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Aimée veio para coroar. Além de ser muito linda e amada, veio para me dar uma maior noção do que é o amor de Deus por nós. Quem não tem filho não vai entender, se você tiver filhos, vai ter um mínimo de compreensão do que Deus é para a humanidade e do que essa humanidade representa para Deus. Só quem é pai ou mãe, quem tem um descendente, só quem tem seu sangue correndo nas veias de outra pessoa, entende. Certa vez, ouvi que ter um filho é ter um coração batendo fora do seu próprio corpo. Acho que é isso…

Sou um pai muito chato, mas troco fraldas (risos). Já troquei muito, mas, hoje, não é mais tão necessário. Acordo de madrugada, dou o leite, faço de tudo. Fiz questão de estar presente nessa fase. Organizei a minha agenda para não fica a semana fora de casa. Só saio nos finais de semana. Não sou o pai que leva para brincar ou desce para a piscina, a Jessyca é quem faz isso, mas sou um pai que gosta de estar em casa com a minha esposa e a minha filha.

O primeiro livro que escrevi dediquei a minha filha e o segundo dediquei a minha esposa. Deveria dedicar todos os livros para ela. Porque a parte mais inteligente que mais sabe se relacionar vem da Jessyca. Ela é uma pregadora, ensina a Palavra, mas decidiu ser uma mãe totalmente dedicada, ela é a pessoa que organiza tudo no ‘meu’ ministério. Ela cuida da casa, da família, ela é 90% de tudo o que eu posso ser para pessoas. Depois de Jesus, ela é a base de tudo. Ela não aparece, mas é ela quem faz tudo, eu sou só o pregador.

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Nos meus momentos de lazer sozinho ainda gosto de assistir a um bom jogo de basquete.

Gosto de ler, e até posso citar alguns livros que gosto muito. O primeiro que li do irmão Hagin foi o “Sete coisas que você precisa saber sobre cura divina”, um livro maravilhoso. Outros livros marcantes são: “Curai enfermos e expulsai demônios”, “Você é o melhor de Deus”, ambos do T.L Osborn, e mais dois do irmão Hagin: “Seguindo o plano de Deus” e “Planos, propósitos e práticas”.

Há quatro anos, nós moramos no Rio de Janeiro. É a cidade maravilhosa por aquilo que Deus fez, mas ela está um pouco judiada pelas pessoas. É sim uma das cidades mais lindas do mundo, mas, quando o homem põe a mão, parece que ele quer modificar o que Deus fez e fica feio. Não tenho reclamações, além do calor. Porém, se fosse para morar em outro lugar, moraria apenas se fosse fora do Brasil.

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Eu sou “matuto”, não uso muito das novas tecnologias. Algumas, eu uso pela necessidade. Tudo o que é feito em minhas redes sociais e site é com ajuda. Sou “das antigas”. Acompanho, mas não sei fazer um bom uso como alguns ministros fazem, mas também não faço um mal uso. Por exemplo, não uso redes sociais para desabafar, falar minha opinião política, não mostro nada da minha vida pessoal, a casa que moro, o carro que eu ando. Acho que as pessoas querem ver, mas o ministro deve ter alguns cuidados.Existem ministros que acabam adquirindo inimigos por causa das redes sociais. Busco equilíbrio nessas coisas.Toda tecnologia deve ser usada para ganhar vidas para Jesus, acho que não preciso usar para expor minha família. Tudo o que é boa notícia do ministério, de uma forma que não seja exagerada, devemos testemunhar. 

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Eu acredito que todo mundo deve ter boas referências. A minha grande referencia é T.L. Osborn. A fonte de minha inspiração, após Jesus, sempre foi ele. Eu li todos os livros dele, vi muitos vídeos da sua história e conheço muitas coisas sobre ele. Também tive uma grande influência do Reinhard Bonnke. Entre as pessoas que me influenciaram diretamente, posso citar o pastor Isaac, como um bom exemplo de pai e marido. Não posso deixar de citar outras grandes influências no Ministério Verbo da Vida, como o próprio pastor Bud Wright, com quem tive bons e inesquecíveis contatos. Também sou influenciado pela vida de Jan, Guto e Suellen, Canrobert e toda a diretoria do Verbo da Vida. São pessoas com quem eu sempre estou ligado, além, claro, do meu pastor no Rio, Edimilson Nunes, na igreja em Pedra de Guaratiba.

2 Comentários

  • Uma inspiração para minha Vida isso mostra oque o Espírito Santo pode fazer na vida de um homem toda Glória a Jesus !!

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    • Grande influência em minha vida.Pessoa simples,caráter firme e cheio do Espirito Santo e da palavra de Deus.Privilegio tê-lo como amigo,conselheiro e de poder servir seu ministério.

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